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Número de imigrantes no Brasil dobrou ao longo dessa década, com mais representação de negros e mulheres. “Desde o pós-guerra o Brasil não teve uma década tão efervescente e dinâmica em termos de migração e refúgio”, afirma o coordenador científico do OBMigra e professor da UnB. O número é expressivo, mas também chama atenção a transformação do perfil dessa população: com uma proporção maior de mulheres (46% em 2019) e negros (54,4% em 2020) e espalhados de forma menos centralizada no Sudeste. Em 2010, 60% dos imigrantes estavam no eixo RJ-SP, e hoje, são 38%. Enquanto em 2010 a parcela de imigrantes mais significativa no Brasil era de portugueses, hoje é de venezuelanos. Apesar do aumento de imigrantes como um todo, Tadeu de Oliveira, coordenador estatístico do OBMigra, atenta para o fato desse número ainda ser baixo (menos de 1% da população) considerando que o Brasil está passando por uma transição demográfica de envelhecimento e pode se beneficiar dessa imigração.